sábado, 15 de maio de 2010

Diferenças



O que me apetece falar hoje, não é o resultado de pesquisas feitas por entre um leque maior ou menor de pessoas, que por si só, tem apenas o valor de uma “sondagem”!
O que vou dizer não é só um testemunho pessoal, mas também o que me é dado a conhecer por outras pessoas, do sexo feminino e masculino!
Cada caso é um caso! A aparente modernidade das mulheres, hoje em dia, a independência, ou a aparência dela, é uma delas. Podemos, ou achamos que podemos, ser aquilo que quisermos, sem que isso seja uma fatalidade ou uma âncora que carregamos para toda a vida.
Como se sabe, a liberdade é um valor bonito em absoluto mas que convém lidar com muito cuidado. É aditiva, e a maioria das vezes leva a excessos, e a simples ideia de que fazemos porque podemos, trilha caminhos perigosos.
O campo da sexualidade é quem mais tem privado com esta condição. Vejam por exemplo, nós mulheres: de submissas passámos a activas num piscar de olhos e muito se perdeu nesse caminho de desembaraço social e afectivo. O romantismo por exemplo…ficou pelo caminho…
No entanto, não fomos só nós. Falando do sexo oposto as coisas mudaram também e muito! O interesse sexual e o avanço para as novas experiências em maior quantidade, e variedade de género é tão mais volátil que deixa qualquer mulher moderna à beira de um ataque de nervos!
Na minha opinião, a partir dos 40 anos e mesmo com muitos anos de casamento, a qualidade da nossa vida sexual fica indiscutivelmente melhor! Seja o sexo praticado de uma forma mais ou menos rápida -conforme o tempo, local e disponibilidade - 90% das vezes, é excelente! No entanto quantas de nós já não deram com o meu parceiro a pensar o melhor, de perfeitas atrasadas mentais apenas porque as hormonas o “obrigam” a isso.
O que é certo é que somos diferentes …e ponto final! Podemos evoluir em termos de inibições, podemos agir de uma forma menos preconceituosa e despudorada, mas os homens vão ter sempre uma forma de encarar a sexualidade diferente da das mulheres!

As linhas das minhas mãos...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sem forças para escrever...






 











Tempo de reflectir
Tempo de amadurecer
Tempo de olhar para dentro
Tempo de procurar
Tempo de descobrir
Tempo de parar no degrau

E olhar a alma de dentro para fora…

 .

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Essência


A verdadeira essência das coisas, só o coração pode ver…
Quando a alma transborda e a vida adormece
Não vive…flutua!
Flutua num mar de estanho onde nada mexe, onde nada respira.
Quando a alma retorna à sua origem primeira, o coração pára de bater.
Somente a alma sobrevive no nesse plano, pois nele teve origem.
Suspiro!

Encontro-me em estado de dormência, sinto que saio do corpo físico e levito em movimentos ébrios...
Em danças sem nexo, que me levam para longe, para outra dimensão, outro espaço, aquele que me viu nascer…

Ouço vozes conhecidas nesse espaço, que o zumbido do vento absorve num sopro intrépido...
Nesse transe, vejo a minha alma com clareza, ela está lá, clara e única, virgem e imaculada!
Suspiro!

Aí encontro de novo a inspiração...
Traio a voz do coração e encontro a essência. A essência de tudo!
Chega devagarinho a sensação de plenitude!
Encontro-me e vejo onde meus versos perderam a alegria,
as ruas onde caminham sisudos pela poesia...
Não consigo falar…meus lábios não dizem o que sinto,
contradizem, minhas palavras, meu olhar...
Tento enaltecer o amor, mas não consigo, porque de tão raro, se codificou...
Tento decifrar o belo.
Quero descreve-lo, mas perdeu a luz e desvaneceu-se em ondas suaves...
Perdi-me no compasso, tropecei nas rimas, e não consigo criar.
Fugi do meu estilo, na busca do que me anima, mas a cada passo, um descompasso estraga a sequência e o poema segue falso, sem auto-estima.
De novo suspiro!

Para que procuro inspiração se me falta a emoção?
Para que procuro a poesia se já não há fantasia?
Não sei se me perdi, ou se a vida me perdeu…

Suspiro!

E volto repentinamente dessa viagem insólita e acoplo no meu corpo denso e efémero.
Ouvi o grito, o grito sentido da vida e junto de novo, coração e alma, dor e alegria, angústia e serenidade…

Sou tudo isso …

Suspiro…

e volto a ser uma alma errante, pois somente nesta divagação,
fui livre por mais um instante...