terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Apenas eu

Nada mudou... 
Este mar, que não tenho o poder de abrir
Tesouro guardado bem fundo 
Ainda é o mesmo 
O tom de azul profundo 
Ainda é o mesmo… 
O cheiro a maresia, 
Que se mistura ao perfume da minha pele 
Ainda é o mesmo… 
O abraço morno e envolvente das águas 
Ainda é o mesmo… 
O horizonte tingido de dourado 
Pela doçura do sol no poente 
Ainda é o mesmo… 
O som das ondas quebrando na praia 
Que parecem sussurrar teu nome
Ainda é o mesmo… 
O sopro da brisa que desarruma cabelos e sentimentos
Ainda é o mesmo… 
Até a saudade, que grita aqui dentro
Ainda é a mesma… 
Nada mudou 
Apenas eu …

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Torpor da alma



Eterno
Aroma de odor
Do acto de paixão
A devoção mística e profana
Corrompida nas entranhas
Âmago, íntimo do ser…

A míngua do tempo
O torpor da alma...
Nesta manhã sombria
Desengano que não muda
Arrependimento que mata

Entristecer que satura
Coração que perdura
Vasto domínio do ser
Que contorce o meu tronco
e adormece a alma

Limalhas de gelo a derreter
É isto que aprendo?
Que me faz crescer?

É ausência próxima
O respeito intemporal
Sentir a razão que culpa a Alma
Que não desvanece no Tempo
Leigo que estuda
A vida na palma da Mão!

É isto que aprendo?
Que me faz crescer?

Aromas que ficam na desilusão
Torpor da alma...

É intempérie distante...
Perfume permanente...
Um sentimento fugaz...
É isso que me espera?

Que dura para sempre?
Que me enlaça na bruma...
Desfaz os meus sonhos
E me adormece de novo...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rédeas do coração

Os minutos, as horas e os dias passam
O sinal dos tempos quase não se nota e é quando elas aparecem,

Assim nas rédeas do coração...
Permanecem soltas,
as palavras,
Sim..essas, as que não digo, as que os meus lábios teimam em calar,

Quando a esperança da nossa vida
Nos faz sonhar,
Com um mundo ilusório mas real.
Quando o sol nasce nesta visão que nasce dos sonhos,
Para se pôr logo de seguida...num horizonte distante.

A chuva fina e fria molha minha pele seca,
mas quase não a sinto,
Inebriada que estou por este sentimento de pura magia,
É então que as lágrimas calam,
...calam as palavras que ficaram por dizer...

Fico atordoada.
Nesta noite cinzenta
Em que a chuva cai e  a lua brilha,

Os anjos dançam sobre mim,
As vozes entoam palavras
Sim...essas que eu calo

Sonhar é uma forma de viver


...existem palavras que quando ditas perdem significado...mas senti-las é o diabo...entao depois da triste conclusao, que nao se pode dizer, nem pensar nisso...o que fazer com sentimentos que nao se conseguem apagar ou esquecer...perdoar ou culpar...investir ou fugir...largar ou enfrentar...fingir ou demonstrar...falar ou calar... mostrar ou esconder...viver ou apenas sonhar?
...sao tantas as ilusões que nos esquecemos que nada volta a fazer sentido quando nunca se o teve de raiz...
 ...a vida nao sao dois dias, sao muitos mais e quem consegue no total de todos eles, compreender a extensão da mesma, poderá dizer que a viveu melhor que os outros...mesmo qdo a verdade é mentira, mesmo qdo a mentira é feita de verdades, mesmo qdo a vontade transcende o normal, mesmo qdo o normal é subjectivo, msm qdo a vida se tranforma em sonho, e o sonho é uma forma de se sentir...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Retalhos de mim





Longe de ser perfeita…sou demasiado teimosa!
Obstinada…quando meto algo na cabeça é difícil demover-me!
Distraída? Quem? eu?! Onde é que eu ia?

Algumas pessoas não gostam de mim! Sim…umas quantas! Também não se pode agradar a toda a gente, certo?! Que graça teria?!
Por isso:

0deias-me?! - Hum . .. Força aí! ... Entra na fila e trás um banquinho!
Acredito que falam de mim! Mal? Bem? Qualquer coisa…- Pois que falem à vontade! Não me importo! Mesmo!
Amas-me?! Desejas-me? - Ainda bem... Agora luta!
Disse alguma vez que te amo? Pensa... Não foi por acaso!
Magoei-te??-  Epá, desculpa . .. ! De certo não foi com intenção! Não sou disso!
Tratei-te mal? Se sim... Não terá sido… porque tu mereceste?! E daí… talvez não! Quanto estou “virada” não sei o que digo nem o que faço!
Falaste o que quiseste? - Só ouviste o q mereceste!
Não me deste valor? - Não te preocupes alguém mo dá !
Para te agradar não vou mudar! - Se não gostas azar o teu !
Sonhos ? - Alguns. .. muitosssssssss!!
Ganhei ? - Pode-se dizer que sim.. . Sei quais são os meus objectivos e faço tudo para os alcançar … Por isso… sim… Ganho algumas vezes!
Perdi ? Sim … Também não se pode ganhar sempre! Mas aviso: Tenho um mau perder desgraçado! Mas na maioria das vezes consigo controla-lo.

Errei? Muitas vezes! Vezes demais, para meu gosto, mas no fim acabo sempre por aprender alguma coisa!


Conclusão : Se não estás a gostar do que vês ( lês) porque continuas aqui?
Bazzaaa :D
Prazer : Madalena

sábado, 15 de maio de 2010

Diferenças



O que me apetece falar hoje, não é o resultado de pesquisas feitas por entre um leque maior ou menor de pessoas, que por si só, tem apenas o valor de uma “sondagem”!
O que vou dizer não é só um testemunho pessoal, mas também o que me é dado a conhecer por outras pessoas, do sexo feminino e masculino!
Cada caso é um caso! A aparente modernidade das mulheres, hoje em dia, a independência, ou a aparência dela, é uma delas. Podemos, ou achamos que podemos, ser aquilo que quisermos, sem que isso seja uma fatalidade ou uma âncora que carregamos para toda a vida.
Como se sabe, a liberdade é um valor bonito em absoluto mas que convém lidar com muito cuidado. É aditiva, e a maioria das vezes leva a excessos, e a simples ideia de que fazemos porque podemos, trilha caminhos perigosos.
O campo da sexualidade é quem mais tem privado com esta condição. Vejam por exemplo, nós mulheres: de submissas passámos a activas num piscar de olhos e muito se perdeu nesse caminho de desembaraço social e afectivo. O romantismo por exemplo…ficou pelo caminho…
No entanto, não fomos só nós. Falando do sexo oposto as coisas mudaram também e muito! O interesse sexual e o avanço para as novas experiências em maior quantidade, e variedade de género é tão mais volátil que deixa qualquer mulher moderna à beira de um ataque de nervos!
Na minha opinião, a partir dos 40 anos e mesmo com muitos anos de casamento, a qualidade da nossa vida sexual fica indiscutivelmente melhor! Seja o sexo praticado de uma forma mais ou menos rápida -conforme o tempo, local e disponibilidade - 90% das vezes, é excelente! No entanto quantas de nós já não deram com o meu parceiro a pensar o melhor, de perfeitas atrasadas mentais apenas porque as hormonas o “obrigam” a isso.
O que é certo é que somos diferentes …e ponto final! Podemos evoluir em termos de inibições, podemos agir de uma forma menos preconceituosa e despudorada, mas os homens vão ter sempre uma forma de encarar a sexualidade diferente da das mulheres!

As linhas das minhas mãos...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sem forças para escrever...






 











Tempo de reflectir
Tempo de amadurecer
Tempo de olhar para dentro
Tempo de procurar
Tempo de descobrir
Tempo de parar no degrau

E olhar a alma de dentro para fora…

 .

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Essência


A verdadeira essência das coisas, só o coração pode ver…
Quando a alma transborda e a vida adormece
Não vive…flutua!
Flutua num mar de estanho onde nada mexe, onde nada respira.
Quando a alma retorna à sua origem primeira, o coração pára de bater.
Somente a alma sobrevive no nesse plano, pois nele teve origem.
Suspiro!

Encontro-me em estado de dormência, sinto que saio do corpo físico e levito em movimentos ébrios...
Em danças sem nexo, que me levam para longe, para outra dimensão, outro espaço, aquele que me viu nascer…

Ouço vozes conhecidas nesse espaço, que o zumbido do vento absorve num sopro intrépido...
Nesse transe, vejo a minha alma com clareza, ela está lá, clara e única, virgem e imaculada!
Suspiro!

Aí encontro de novo a inspiração...
Traio a voz do coração e encontro a essência. A essência de tudo!
Chega devagarinho a sensação de plenitude!
Encontro-me e vejo onde meus versos perderam a alegria,
as ruas onde caminham sisudos pela poesia...
Não consigo falar…meus lábios não dizem o que sinto,
contradizem, minhas palavras, meu olhar...
Tento enaltecer o amor, mas não consigo, porque de tão raro, se codificou...
Tento decifrar o belo.
Quero descreve-lo, mas perdeu a luz e desvaneceu-se em ondas suaves...
Perdi-me no compasso, tropecei nas rimas, e não consigo criar.
Fugi do meu estilo, na busca do que me anima, mas a cada passo, um descompasso estraga a sequência e o poema segue falso, sem auto-estima.
De novo suspiro!

Para que procuro inspiração se me falta a emoção?
Para que procuro a poesia se já não há fantasia?
Não sei se me perdi, ou se a vida me perdeu…

Suspiro!

E volto repentinamente dessa viagem insólita e acoplo no meu corpo denso e efémero.
Ouvi o grito, o grito sentido da vida e junto de novo, coração e alma, dor e alegria, angústia e serenidade…

Sou tudo isso …

Suspiro…

e volto a ser uma alma errante, pois somente nesta divagação,
fui livre por mais um instante...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O sexto sentido


Há coisas que só as mulheres têm capacidade para fazer. Outras que fazemos como ninguém. E ainda outras em que somos especialistas.
Uma delas é ler sinais.
Sim…ler sinais, para além do óbvio!
Sim, porque acredito no tal falado “sexto sentido” das mulheres!
Não há como nós para ler os subtextos e as entrelinhas.
Roland Barthes, o grande escritor, sociólogo, crítico literário, ao pé de nós, é um mero aprendiz de feiticeiro tal é a nossa competência em conferir à arte de interpretar os livros sagrados, textos, símbolos e interpretação do sentido das palavras novos significados. Falo, obviamente, de um contexto específico. Daquele que concede à imaginação uma indulgência tal, que os mais elementares sinais são objecto de elaboradas e aturadas interpretações!
Por exemplo, a cena social de interacção homem/mulher. Uma vez aí, estamos em casa! Abrimos essa grande porta de entrada da imaginação e deixamo-nos levar por observações de grande pertinência, agindo, obviamente, de acordo e ao nível das nossas conclusões.
Na Guerra dos Sexos, as mulheres estão em vantagem intelectual. Temos uma vida interior mais rica. Há dúvida disso? Desafio-vos a contestar!
De outra forma, como sobreviveriam as revistas femininas? Onde é que elas iriam retirar resultados tão brilhantes sobre o que deve ser a atitude das mulheres face aos homens? No fundo, o lado esquerdo cérebro feminino dá de comer a muita gente. Se não fossemos nós a assimilar coisas de uma forma que mais ninguém faz, o mundo seria mais cinzento e chato. Quando confrontadas com a situação universal e comum de Manuel que ama Ana, que ama João, que não ama ninguém…, nós, mulheres, tendemos a explicar a equação com várias opções.
Connosco nunca nada é apenas aquilo que parece.
“A cigar is never just a cigar”.
Recusamos o fácil. Abominamos a simplicidade. Gostamos de esmiuçar, de desdobrar e ver para além do que é óbvio!

E quando estamos em estado de pré-paixão?!
Aí sim, somos nós mesmas em todo o nosso esplendor. O mundo inverte-se, os códigos alteram-se e a vida passa ser uma gigante bolha pintada de um optimista cor-de-rosa. Os nossos olhos brilham tanto que o reflexo desse brilho ofusca a mente. Enganamo-nos, consciente ou inconscientemente, numa idiossincrasia inscrita no nosso DNA. Será que temos um radar incorporado?

Alguns homens também o fazem…mas são casos raros! Os homens são muito mais simples, não têm tendência em ver cifres em cabeça de elefante! O que lhes é apresentado …é o que entendem! Sem complicações, sem tentarem entender absolutamente nada! Aceitam apenas o facto de estarem a sentir… Nós mulheres, em estado dito normal, a coisa funciona de forma semelhante. Um chiste bem mandado por alguém que se conhece mal é, sem dúvida, um interesse amoroso, um elogio, obviamente, é um convite de cariz sexual. O que valorizamos nas pessoas como um todo, quase deploramos nos homens quando não os amamos.
Não há crédito devido. Ah, pois é!
Somos mesmo um bicho raro… nós as mulheres!
Mas se não fosse esta espécie de “emprego rentável que não obriga a muito trabalho”, com que nos permitimos alegrar, a nós e aos outros, (apesar de deixarmos muitas vezes os homens baralhados e à beira de um ataque de nervos!) …o mundo seria muito menos interessante...
Não acham?!

sábado, 20 de junho de 2009

Por que as mulheres vão juntas à casa de banho?!

O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita.Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!" E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo."A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida.

Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de "tou aqui tou-me a mijar!".Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais, ( … nada que não me tenha já acontecido, no papel de mãe!) -" - A minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, pode ser?
...que pena lá terei que esperar mais um bocadinho! Então verificas desesperada, por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados!Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair.Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa... Penduras a mala no gancho que há na porta... QUAAAAAL? Nunca há gancho!!




Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de... (!!!)Mas, voltando à porta... como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te "na posição"...AAAAHHHHHH... finalmente, que alívio... mas é aí que as tuas coxas começam a tremer... porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço! Isto tudo , com muita sorte , de te apetecer fazer…apenas “XIXI” ( mas isso …é outra história...um pouquinho mais dolorosa!!).Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *"nunca te sentes numa sanita pública"*, e então ficas na "posição de aguiazinha", com as pernas a tremer... e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!!Com sorte não molhas os sapatos... é que adoptar "a posição" requer uma grande concentração e perícia.Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!


Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel...ou uma toalhita, mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta... ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma “trolitada” na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras).



Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão.Ouves algures a voz de outra mulher nas mesmas circunstâncias que tu "alguém tem um pedacinho de papel a mais?" Parva! Idiota!Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim... porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??).... Estás exausta! Quando paras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante!Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de água (ou xixi? lembras-te do lenço de papel...), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, que tentas desesperadamente fazer funcionar, correndo o risco das mais de 20 espectadoras, te estarem a chamar de parva, idiota e outros nomes igualmente bem sonantes! Então de repente tocas (não sabes bem onde…) e sai um jactozito de água fresca, e consegues sabão (nem sabes bem como?!), lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água, mas antes que acabes de tirar o sabão das mãos, a porcaria da torneia deixa de pingar…e lá voltas tu a tentar descobrir como raios funciona aquela coisa, já nem te importando com os nomes que possam estar a chamar-te!Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças - porque não vais gastar um lenço de papel para isso - e sais...


Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um jornal de ponta a ponta, conversar com um amigo, ir à sala de chuto fumar um cigarro e tomar mais um café, enquanto te esperava."Mas por que é que demoraste tanto?" - pergunta-te o idiota."Havia uma fila enorme" - limitas-te a dizer.E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade, entendem?
Funciona assim:
- Uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter "a posição" e *a dignidade*.
AHHH…! E depois, ainda há uma que já ali esteve e que se lembra de como funciona a porcaria da torneira!
Tudo isto para dizer:
*Obrigada a todas as minhas amigas, por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide, agarra-portas e afins!
*Aos desgraçados dos homens que me possam estar a ler e que reclamam sempre, perguntando: -“ Bolas! Por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho?" .... IDIOTAS! * Perceberam agora porquê??!!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Alma Gémea


Nós, às avessas!


Há alturas em que nos viramos do avesso: somos nós, mas ao contrário!


Onde há fraqueza, emerge a força, onde há força, esta desdobra-se em fragilidades insuspeitas, vindas não se sabe bem de onde…Do avesso, tememos igualmente a luz e a escuridão, a carícia e a agressão, o corpo parece não nos pertencer e no entanto, vibra!Vibra a cada verso, a cada gesto de atenção, palavra, sorriso, ou lágrima!Às avessas, perdemos o norte, submergimos num mar de pessoas que antes, eram gente e agora se tornam então, estranhos habitantes de outra dimensão! Aliens…Não os conhecemos, não nos reconhecemos neles…
Estranhos...Ás avessas, somos nós os estranhos, numa dislexia da alma, numa festa de delirantes acções descoordenadas!No entanto, somos, e vibramos!Então, que seja o avesso uma passagem, nesta viagem de sermos mais qualquer coisa do que apenas, estarmos aqui, que seja a descoberta reconhecida de outra condição, de outras vozes que também …somos nós!Porquê?Porque não estamos sós, nestes mergulhos ao avesso, neste mar infindável!
Subimos..ou descemos?
Mesmo se a única companhia que aceitamos, seja a sombra dolorida que nos habita e nos devora mansamente, enquanto procuramos …às cegas, o caminho da superfície…a lufada de ar fresco, a redescoberta da pele, o calor do sol...

Quem já se virou do avesso, sabe o que passou:“ O tempo suspenso, no peso insustentável de continuar a ser……sem saber em que degrau é que ficou…u!

Escadaria


Sei quem eu sou...e como sou…não preciso provar nada a ninguém! Não me importa o que os outros pensam, digam ou façam... (tirando os meus amigos e as pessoas que me amam!) O que importa para mim... É como escolho reagir e o que escolho acreditar a meu respeito! Eu me respeito…e isso e o que me importa!Conforme o meu estado de alma...vou ocupar este espaço com desabafos meus…com tentativas mais ou menos falhadas de me exprimir com uma veia poética que teima em vir cá para fora…Convencemo-nos de que a vida será melhor depois…depois de qualquer coisa…e esquecemo-nos a maioria das vezes de apreciarmos o momento. O momento de rir, de conversar, de zangar e até de chorar…
Momentos…a nossa vida é feita de momentos! Esses momentos são escadas! As escadas que subimos ao longo da nossa vida.
Aqui fica, para quem quiser acompanhar a minha caminhada! O paraíso ( se é que existe!), existe na terra, dentro de nós!Tenho a certeza que este blog dá para todos. Aceito tudo o que me quiserem dizer, desde que com piada e elegância.Não pretendo dar lições, nem tão pouco ensinar um modo de vida.Para isso, já me basta o que tento fazer em casa quando as minhas crianças saem da linha!Não espero encontrar a solução para os males do mundo! Já basta o dilema que tenho em saber o que vou vestir todos os dias.
Também não me vou armar ao pingarelho e dizer que adoro o autor “não sei quantos” quando de facto não o conheço! Nem discutir assuntos que não domino, mas se o quiserem fazer estão à vontade.
Gosto de lemas e dois dos meus favoritos são: «Estamos sempre a aprender» e «Vive e deixa viver»!
Apareçam.
Bem-vindos ao meu mundo virtual !

Alma gémea


Palafita


Construí uma palafita,
No meio do meu mar…
Não fiz portas, nem janelas,
Para que não a pudessem fechar….
O vento e o mar,
são seus protectores, guardiães atentos!
Ela é feita de palavras, palavras soltas,
lançadas à deriva no meu mar
palavras sentidas,
Palavras de risos incontidos da vida!
Palavras sofridas, amargas

Que ela consegue guardar
Guarda-as tão profundamente
que a torna resistente e não se desmoronam!
por não saber ser ausência
Venho e abraço-as, com um enlaço
Do tamanho do meu mar,este,
que me alimenta a alma...
De vez em quando abro um baú que tenho nela
E as palavras saltam,
Muitas vezes sem brilho, desertas de esperança
Sentidas nas ausência
Doridas, sem cor…
Sinto a sua sede, a fome
A entrega sofrida de um canto chorado
É então que as tomo carinhosamente
uma a uma...
pinto-as com as cores do arco-íris
Faço-as renascer, em fios de ternura
num pensamento do tempo
O tempo vivido de risos incontidos
E ficam saciadas
Na minha alma ,
voltam a ter som
transformam-se em ser
num voo suave
e partem das minhas mãos ...

O meu coração é Púrpura


Meu coração é púrpura...

É feito de cristal que cai e se parte

O teu silêncio junta os pedacinhos

Um a um...

e guarda-o, assim partido

Num canto qualquer ...

Pra ninguém ver!

Meu coração é um farol partido

Que gira descontrolado...

Desorientando os marinheiros

Que o procuram no mar....

O que me dói não é,

A cor do meu coração púrpura

Mas as coisas lindas que agora,

Nunca existirão...

O cristal partiu-se e suas formas...

Passam a formas sem forma

Resta a cor púrpura...

De um coração sem forma

Que chora baixinho

Lágrimas sem cor

Stress


Todos nós já passamos por situações de stress no nosso dia a dia. O ritmo diário de vida a que estamos sujeitos é por vezes, verdadeiramente assustador!
Mesmo vivendo em pequenas cidades, ou até no campo existem sempre situações que nos levam a entrar em stress…
Para alguns é os transportes públicos, o trânsito infernal a correria para chegar ao trabalho. Para outros é a solidão, ou a desilusão, a competição no trabalho ou os estudos, os filhos, ou a ausência deles, os colegas, os amigos ou os inimigos…
Tudo isso pode romper a barreira das nossas defesas e deixar-nos completamente em pânico!
Acreditem, sei bem o que digo!
Desde o chorar sem razão (!!), a ataques de pânico, a sismas e paranóias , a sentimentos de culpa, a fobias, à mania de perseguição… tudo passa pela mente de um stressado!
O que fazer? É claro que todos nós já lemos algures, dicas muito bem definidas de como ultrapassar essas crises!
A começar pelo médico de família que nos entope de anti depressivos e ansiolíticos, até aos amigos que tentam sempre, com muito boa intenção, dar uma dica de como devemos enfrentar esta situação!
Lá vamos nós tentando por a nossa vida de volta no lugar…
Aprendi à minha custa como recompor a minha vida! O stress, principalmente o que é causado pela falta de descanso é facilmente tratável! Tudo o que temos que fazer é dormir…dormir … e dormir ….e quando acordarmos , voltarmos a dormir! Tipo “cura de sono”. É remédio santo!
Há que saber sempre as causas do nosso stress! Aprender que temos que contar acima de tudo connosco mesmos…somos nós que temos que dar a volta e aprendermos a valorizar o que temos de positivo…aprendermos a estar sozinhos e gostar disso! Somos sempre a melhor companhia que nos podemos dar!
Outra coisa que causa muito conflito interior é a repressão de tudo que envolve emoções e sentimentos.
Por isso diz sempre ou quase sempre, o que pensas, não guardes raiva ou rancor …isso vai-te comer por dentro! Grita…discute, mas põe cá para fora o que sentes ! Quem não se sente aliviado quando manda o chefe, ou um colega chato, que tem a mania que sabe tudo, ou que é mexeriqueiro, para “ a casa do diabo mais velho” , com todas as letras?! Eu sinto-me…
É claro que podemos sempre, aliar o desporto com uma alimentação mais equilibrada! É uma frase comum…eu sei, resultou comigo!
Mas não quer dizer necessariamente que resulte contigo, o importante é irmos sempre tentando ver o que nos faz bem!

Mas acima de tudo, e esta dica tenho que vos deixar, porque foi o que me levou a escrever este Blog!
Quando se sentirem stressados…tomem um banho!
Pode ser de banheira cheia, com água bem quente, cheia de espuma….ou um duche com um jacto de água bem forte…vocês escolhem, mas tentem isso!
Quando sentirem a água envolver o vosso corpo, soltem a mente e deixem-se envolver sem tempo marcado, pela sensação deliciosa que é estar em baixo da água, fechem os olhos e vagueiem sem rumo, ou esvaziem a vossa mente e pensem em coisa nenhuma…

Hum…é uma delicia…que faz bem ao corpo e à alma!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Aquilo em que acredito!

Não precisei dos ensinamentos de um Monge Tailandês ou Tibetano para acreditar no Karma!
Acredito no Conceito de que recebemos na medida em que damos!
Pegamos no Budismo, no Esoterismo, no Hinduísmo ou no Espiritismo ( e outras tantas acabadas em “ísmo”…) e encontramos, maneiras diferentes de “interpretar” esse conceito!
Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião discutida, este termo pode parecer diferente, porém a sua essência foca sempre as acções e suas consequências!
Não pretendo arranjar seguidores, nem sinto necessidade de me associar a quaisquer associações, religiões ou doutrinas!
Para mim, um acto positivo gera um efeito positivo, enquanto que um acto negativo gera, na maioria das vezes, um efeito igualmente negativo.
Todos nós já ouvimos falar, mesmo não professando a doutrina cristã, de provérbios tipo: “o que semeia raios colhe tempestades”; “com a vara com que medes serás medido”; “olho por olho, dente por dente”; “ o que a espada mata, a espada morre”!
Pois bem, acredito que, não numa outra vida, (como muitos acreditam) mas nesta, a curto ou a longo prazo, receberemos de volta e na mesma medida, aquilo que damos ou fazemos na vida!
Dás respeito, receberás respeito, dás amor, receberás amor, dás escárnio e mal dizer, e é isso que receberás um dia!
Recebemos o que damos...

Agimos e reagimos de acordo com o que recebemos!

Não acredito na “Justiça Celestial”, em “Tribunais e Juízes Divinos”, encarregados de administrar o Karma e o Dharma , o Samsara e o Nirvana!
Não acredito em obrigações, em cumprimento de leis, na 5ª dimensão da natureza, ou na constelação da balança!
Não acredito em vida após a morte, não acredito em reencarnação…
Não acredito que serás recompensado noutra vida por aquilo que fizeres nesta!
Não acredito que uma pessoa possa ter “BOM” ou “MAU” Karma!
Ninguém é perfeito ou imperfeito…o tempo todo!
Acredito sim, que devemos tentar sempre equilibrar a nossa balança interior, assim como tentar sempre alcançar a realização ou perfeição, mesmo através de erros e enganos!
É isso que faz de nós gente, gente de bem! Não seres perfeitos!
Não anjos nem demónios, mas gente de bem!
Assim como acredito que o Paraíso é aqui, na terra, não num lugar longínquo, encontrado após a morte, mas sim, aqui, nos momentos que felicidade que partilhamos e vivemos!
É assim que vejo o meu destino! O meu destino é a minha caminhada!
Acredito que não há como evita-lo! Todos estamos marcados! O que interessa não é o sítio para onde vamos, mas a maneira como chegamos lá! E o lá…acaba com a morte do corpo!
Acredito que é nesta nossa caminhada de vida que o Karma se manifesta!
Podemos subir ou descer um degrau na nossa escadaria, mas o importante é a maneira como o fazemos!
Porque o Paraíso, a recompensa, o Nirvana, não está no fim da escadaria, está em cada precioso minuto que passamos nessa subida!