segunda-feira, 22 de junho de 2009

O sexto sentido


Há coisas que só as mulheres têm capacidade para fazer. Outras que fazemos como ninguém. E ainda outras em que somos especialistas.
Uma delas é ler sinais.
Sim…ler sinais, para além do óbvio!
Sim, porque acredito no tal falado “sexto sentido” das mulheres!
Não há como nós para ler os subtextos e as entrelinhas.
Roland Barthes, o grande escritor, sociólogo, crítico literário, ao pé de nós, é um mero aprendiz de feiticeiro tal é a nossa competência em conferir à arte de interpretar os livros sagrados, textos, símbolos e interpretação do sentido das palavras novos significados. Falo, obviamente, de um contexto específico. Daquele que concede à imaginação uma indulgência tal, que os mais elementares sinais são objecto de elaboradas e aturadas interpretações!
Por exemplo, a cena social de interacção homem/mulher. Uma vez aí, estamos em casa! Abrimos essa grande porta de entrada da imaginação e deixamo-nos levar por observações de grande pertinência, agindo, obviamente, de acordo e ao nível das nossas conclusões.
Na Guerra dos Sexos, as mulheres estão em vantagem intelectual. Temos uma vida interior mais rica. Há dúvida disso? Desafio-vos a contestar!
De outra forma, como sobreviveriam as revistas femininas? Onde é que elas iriam retirar resultados tão brilhantes sobre o que deve ser a atitude das mulheres face aos homens? No fundo, o lado esquerdo cérebro feminino dá de comer a muita gente. Se não fossemos nós a assimilar coisas de uma forma que mais ninguém faz, o mundo seria mais cinzento e chato. Quando confrontadas com a situação universal e comum de Manuel que ama Ana, que ama João, que não ama ninguém…, nós, mulheres, tendemos a explicar a equação com várias opções.
Connosco nunca nada é apenas aquilo que parece.
“A cigar is never just a cigar”.
Recusamos o fácil. Abominamos a simplicidade. Gostamos de esmiuçar, de desdobrar e ver para além do que é óbvio!

E quando estamos em estado de pré-paixão?!
Aí sim, somos nós mesmas em todo o nosso esplendor. O mundo inverte-se, os códigos alteram-se e a vida passa ser uma gigante bolha pintada de um optimista cor-de-rosa. Os nossos olhos brilham tanto que o reflexo desse brilho ofusca a mente. Enganamo-nos, consciente ou inconscientemente, numa idiossincrasia inscrita no nosso DNA. Será que temos um radar incorporado?

Alguns homens também o fazem…mas são casos raros! Os homens são muito mais simples, não têm tendência em ver cifres em cabeça de elefante! O que lhes é apresentado …é o que entendem! Sem complicações, sem tentarem entender absolutamente nada! Aceitam apenas o facto de estarem a sentir… Nós mulheres, em estado dito normal, a coisa funciona de forma semelhante. Um chiste bem mandado por alguém que se conhece mal é, sem dúvida, um interesse amoroso, um elogio, obviamente, é um convite de cariz sexual. O que valorizamos nas pessoas como um todo, quase deploramos nos homens quando não os amamos.
Não há crédito devido. Ah, pois é!
Somos mesmo um bicho raro… nós as mulheres!
Mas se não fosse esta espécie de “emprego rentável que não obriga a muito trabalho”, com que nos permitimos alegrar, a nós e aos outros, (apesar de deixarmos muitas vezes os homens baralhados e à beira de um ataque de nervos!) …o mundo seria muito menos interessante...
Não acham?!

3 comentários:

  1. Sem dúvida minha linda :)Aliás, não existiria sequer mundo sem nós, lol. Parabéns pelo texto e que a inspiração te acompanhe sempre. Fica bem! Beijo. Laurinda

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  2. O que quer dizer chiste?

    Bruno ( sobrinho)

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  3. ui... nada mais verdadeiro nós as mulheres somos como...digamos que tal como na física e na matemática existem sistemas sistemas complexos e dinâmico, existe sempre por detrás uma teoria do caos que a explica ...

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