quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nós, às avessas!


Há alturas em que nos viramos do avesso: somos nós, mas ao contrário!


Onde há fraqueza, emerge a força, onde há força, esta desdobra-se em fragilidades insuspeitas, vindas não se sabe bem de onde…Do avesso, tememos igualmente a luz e a escuridão, a carícia e a agressão, o corpo parece não nos pertencer e no entanto, vibra!Vibra a cada verso, a cada gesto de atenção, palavra, sorriso, ou lágrima!Às avessas, perdemos o norte, submergimos num mar de pessoas que antes, eram gente e agora se tornam então, estranhos habitantes de outra dimensão! Aliens…Não os conhecemos, não nos reconhecemos neles…
Estranhos...Ás avessas, somos nós os estranhos, numa dislexia da alma, numa festa de delirantes acções descoordenadas!No entanto, somos, e vibramos!Então, que seja o avesso uma passagem, nesta viagem de sermos mais qualquer coisa do que apenas, estarmos aqui, que seja a descoberta reconhecida de outra condição, de outras vozes que também …somos nós!Porquê?Porque não estamos sós, nestes mergulhos ao avesso, neste mar infindável!
Subimos..ou descemos?
Mesmo se a única companhia que aceitamos, seja a sombra dolorida que nos habita e nos devora mansamente, enquanto procuramos …às cegas, o caminho da superfície…a lufada de ar fresco, a redescoberta da pele, o calor do sol...

Quem já se virou do avesso, sabe o que passou:“ O tempo suspenso, no peso insustentável de continuar a ser……sem saber em que degrau é que ficou…u!

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